Dados do Trabalho


Título

CRIPTOSPORIDIOSE EM HOSPEDEIROS IMUNOCOMPROMETIDOS: UMA REVISAO INTEGRATIVA

Introdução

A criptosporidiose é uma parasitose enterocítica causada pelo protozoário Cryptosporidium spp. Tende a se instalar em pacientes com algum tipo de deficiência imunológica, sendo conhecida como uma das principais infecções oportunistas da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Nesse contexto, se faz necessário o entendimento dos principais aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados a essa patologia em indivíduos imunodeficientes.

Objetivos

Analisar a epidemiologia, transmissão, diagnóstico e tratamento da criptosporidiose em hospedeiros imunocomprometidos.

Delineamento e Métodos

Revisão integrativa da literatura do tipo qualitativa, realizando-se pesquisa bibliográfica no portal PubMed e na ferramenta de pesquisa Google Acadêmico, de 2016 a 2021. Foram utilizados os descritores (Cryptosporidiosis) AND (Immunocompromised Host) nas bases. Os critérios de inclusão compreenderam os trabalhos de acesso aberto que abordavam a epidemiologia, transmissão, diagnóstico e tratamento da criptosporidiose em hospedeiros imunocomprometidos. Dentre as 28 referências encontradas, 19 foram consideradas elegíveis.

Resultados

As principais espécies infectantes humanas são C. parvum e C. hominis, com maior susceptibilidade e gravidade em indivíduos imunocomprometidos, quais sejam HIV positivos, aidéticos, transplantados ou que se encontram sob terapia imunossupressora, com sintomatologia de diarreia persistente, náuseas e vômitos, pirexia leve e dor abdominal. A transmissão ocorre por ingestão alimentar de oocistos do protozoário, além do contato sexual anal-oral e contaminação cruzada com objetos contaminados. Em imunodeficientes, os oocistos podem gerar auto-reinfecção, tornando o prognóstico mais grave. O padrão de diagnóstico é o microscópico em exame de fezes para detecção das formas infectantes do parasita. Ademais, técnicas diagnósticas imunológicas e moleculares, como o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) e a reação de cadeia de polimerase (PCR), vêm sendo implementadas. O tratamento consiste na reposição hídrica, associada a antieméticos e analgésicos. Destaca-se também a nitazoxanida como antiparasitário, pois promoveu maior efetividade ao tratamento.

Conclusões

Limitações no diagnóstico e no tratamento da criptosporidiose configuram agravantes à condição de saúde da população imunocomprometida, haja vista que não existem tratamento ou vacinação eficazes. Assim, a prevenção deste grupo se faz medida cabível à contenção da infecção.

Palavras Chave

Hospedeiro Imunocomprometido. Criptosporidiose. Parasitos

Área

Trabalho

Instituições

Faculdade de Medicina de Botucatu - São Paulo - Brasil

Autores

SUZANA CASSIA FELTRIN ALVES, ANNA LAURA PAULA CAIXETA COELHO