Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA PREVENÇAO SECUNDARIA SOBRE O PERFIL CLINICO DA HIPERTENSAO ARTERIAL PULMONAR ESQUISTOSSOMOTICA (SCH-HAP)

Introdução

A evolução clínica da Hipertensão Arterial Pulmonar Esquistossômica (Sch-HAP) é insidiosa, irreversível e potencialmente fatal. A Prevenção Secundária visa minimizar as consequências da HAP relacionada à infecção pelo Schistosoma mansoni e direciona medidas de controle de perdas funcionais que podem impactar na evolução clínica da doença.

Objetivos

Observar a fisiopatologia associada à gravidade do quadro clínico e destacar a importância do esclarecimento sobre medidas de prevenção secundária e a análise dos desafios terapêuticos da Sch-HAP.

Delineamento e Métodos

Estudo de revisão bibliográfica sistemática de literatura, usando como bases de dados LILACS e PUBMED (últimos 5 anos) com os descritores HAP e Esquistossomose e HAP Esquistossômica.

Resultados

A Sch-HAP tem mediana de sobrevida de 2,8 anos na ausência de tratamento específico, compreende cerca de 5% dos casos de esquistossomose com acometimento hepato-esplênico. A fisiopatologia envolve obstruções mecânicas da circulação pulmonar elos ovos do S. mansoni inflamação que leva à disfunção celular endotelial e hipertensão portal devido à fibrose periportal, resultando em sobrecarga pulmonar e disfunção do endotélio pulmonar. O tratamento farmacológico utilizado abrange três vias fisiopatológicas: da endotelina, da prostaciclina e do óxido nítrico. A abordagem terapêutica farmacológica depende da estratificação de risco, que é realizada a cada 3-6 meses, e o tratamento na HAP esquistossômica atualmente engloba: inibidores da fosfodiesterase tipo 5 e antagonistas do receptor da endotelina-1. Dentre as medidas gerais complementares estão: evitar gestação devido ao elevado risco de complicação e mortalidade materno-fetal secundárias às alterações hemodinâmicas da gravidez, realizar imunização para o pneumococo e a influenza, oferecer apoio psicossocial aos pacientes – considerando a irreversibilidade da condição –, além de realizar pelo menos um ciclo antiparasitário e evitar anticoagulação pelo risco de hemorragias digestivas.

Conclusões

Observa-se a importância do diagnóstico precoce e tratamento específico da HAP por Esquistossomose por apresentar potencial de melhora do delineamento prognóstico em resposta à intervenção adequada.

Palavras Chave

"Hipertensão Arterial Pulmonar", "Esquistossomose", "Prognóstico", "Prevenção".

Área

Trabalho

Autores

BRENDA JORDANIA FERNANDES RODRIGUES, PHABLO ROBERTO FERREIRA CÓRDULA, BRUNA CAROLYNE VENANCIO LIMA