Dados do Trabalho


Título

LETALIDADE POR COVID-19 EM TABAGISTAS E PNEUMOPATAS INTERNADOS NO HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITARIO DE TAUBATE EM 2021

Introdução

A pandemia de COVID-19 impactou os Sistemas de Saúde no mundo todo em 2020. A infecção possui alta transmissibilidade e apresenta um quadro clinico variável, desde acometimento pulmonar leve, até os pacientes que desenvolvem a forma grave da doença, com necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI) e internação em leito de terapia intensiva (UTI). Sabe-se que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças pulmonares crônicas e essas doenças prejudicam a função pulmonar, podendo estar relacionado a progressão da infecção pelo COVID-19.

Objetivos

O objetivo do estudo foi avaliar comparativamente as taxas de letalidade entre pneumopatas x não pneumopatas e tabagistas x não tabagistas, dentre os pacientes internados em um hospital universitário nos meses de janeiro a março de 2021. Além disso foram aferidos desfechos secundários, como tempo de internação, admissão em UTI, classes de antibióticos usadas, necessidade de VMI.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo analítico observacional retrospectivo, realizado através da análise de prontuários de 215 pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19, internados em um hospital universitário.

Resultados

Dos pacientes tabagistas internados na UTI 82,35% precisaram ser intubados e dos intubados 89,28% evoluíram a óbito. Nos pacientes não tabagistas internados na UTI 80,43% evoluíram para VMI, e desses, 79,72% evoluíram a óbito. Dentre os pneumopatas que foram para UTI 71,42% foram intubados e a letalidade entre esses foi de 93%. Nos pacientes não pneumopatas que foram para a UTI 83,8% foram intubados e dos que foram intubados 80,68% evoluíram a óbito. As diferenças entre os pacientes que permaneceram apenas em leito de enfermaria foram menos significantes entre os grupos.

Conclusões

Foi observado que a diferença nos desfechos primários entre os grupos foi mais relevante nos pacientes que necessitaram de admissão em UTI e intubação. A mortalidade, necessidade de UTI e de VMI analisando os pacientes admitidos na enfermaria não sugeriu risco aumentado entre os tabagistas e pneumopatas, o que sugere que outras comorbidades e fatores de risco não analisados neste estudo, e que pudessem estar presentes nesses pacientes, sejam também relevantes na evolução para forma moderada e grave da doença.

Palavras Chave

COVID-19; DPOC; tabagistas; pneumopatas; letalidade.

Área

Trabalho

Instituições

UNITAU - São Paulo - Brasil

Autores

MATHEUS BASTOS TAVARES, MATEUS AUGUSTO RANGEL NUNES, PEDRO HOMEM DE MELO ARRUDA BOTELHO, JOSE ROBERTO MEGDA FILHO