Dados do Trabalho


Título

HIPERTENSAO SECUNDARIA A FEOCROMOCITOMA: RELATO DE CASO

Introdução

O feocromocitoma é um tumor de células cromafins na medula adrenal que sintetizam e liberam de forma autônoma catecolaminas. Apesar de raro, a inclusão da doença no diagnóstico diferencial de quadros hipertensivos refratários pode diminuir os riscos de complicações devido a morosidade de seu processo diagnóstico.

Objetivos

Discorrer sobre o manejo do feocromocitoma reforçando a importância da sua menção no diagnóstico diferencial da hipertensão secundária.

Descrição do caso

Paciente feminina, 29 anos, hígida. Em 2019 inicia hipertensão arterial refratária e cefaleia, com diversas idas a unidades de emergência para controle. Encaminhada a Unidade Básica de Saúde (UBS) para acompanhamento, contudo, devido a persistência dos níveis pressóricos elevados, desenvolve diminuição da acuidade visual em olho direito devido a retinopatia hipertensiva grave além de hipertrofia ventricular esquerda moderada, corroborando com a hipótese de hipertensão secundária. Solicitados exames laboratoriais que apresentaram valores elevados de ácido vanilmandélico, metanefrinas totais, entre outros. Com esses resultados, era provável a hipótese de feocromocitoma, confirmado através da ressonância magnética que evidenciou lesão expansiva sólida localizada na adrenal direita e descartadas metástases através da Cintilografia MIBG 131. No final de 2020 submetida a adrenalectomia por videolaparoscopia e anatomopatológico que evidenciou tumor com margens livres. A paciente evoluiu com retirada dos anti-hipertensivos e normalização dos exames de controle, entretanto segue em acompanhamento devido as complicações adquiridas no período de investigação diagnóstica.
Frequentemente percebemos que pacientes similares procuram repetidamente os serviços de emergência com sintomas e passam por diversos profissionais até o diagnóstico, postergando o tratamento e causando complicações. Seu diagnóstico requer a comprovação do excesso de liberação de catecolaminas e a documentação anatômica do tumor e, quando submetidos à remoção total e precoce do tumor, apresentam, em geral, remissão total dos sintomas.

Conclusões

Ao expor o caso, é possível observar que a demora no diagnóstico e tratamento do feocromocitoma podem contribuir para piora do status clínico do paciente que, devido as complicações, podem necessitar de acompanhamento longitudinal. Portanto, devemos levantar a suspeita da patologia como diagnóstico diferencial frente a um quadro de hipertensão resistente ou com características incomuns.

Palavras Chave

hipertensão secundária; feocromocitoma; catecolaminas;

Área

Trabalho

Instituições

Unimax - São Paulo - Brasil

Autores

ANIELLI FABIANI JAQUETTO, MATHEUS HATTGE DE OLIVEIRA